INTRODUÇÃO
Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser
designados pelo nome batista se caracterizavam pela sua fidelidade às
Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes,
pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por
eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância
por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam
ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições
eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo
Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que
professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a
atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que
muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de
novo”.
A designação surgiu no século 17, mas aqueles
discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que,
através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das
Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e
corrupções de origem humana.
Através dos tempos, os
batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:
1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única
regra de fé e conduta.
2º) O conceito de igreja como sendo uma comunidade
local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente
batizadas.
3º) A separação entre igreja e Estado.
4º) A absoluta liberdade de consciência.
5º) A responsabilidade individual diante de Deus.
6º) A autenticidade e apostolicidade das igrejas.
Caracterizam-se também os batistas pela intensa e
ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa
constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de
seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação
voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram
pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de
educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para
a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais
e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo
suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos.
Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em
particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de
quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações
doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem
posições. Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma
declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser
rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus. É o que faz agora a Convenção
Batista Brasileira, nos 19 artigos que seguem:
I- Escrituras Sagradas
A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem
humana.1 É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens.2 Sendo
Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo
Espírito Santo.3 Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os
pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus.4 Seu
conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de
instrução divina.5 Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual
Deus julgará todos os homens.6 A Bíblia é a autoridade única em matéria de
religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos
homens.7 Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de
Jesus Cristo.8
1 - Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21
1 - Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21
2- Is 40.8; Mt 22.29;
Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 16.29; 24.44,45; Rm 16.25,26; 1Pe 1.25
3 - Ex 24.4; 2Sm
23.2; At 3.21; 2Pe 1.21
4 - Lc 16.29; Rm
1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4
5 - Sl 19.7-9;
119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-17
6 - Jo 12.47,48; Rm
2.12,13
7 - 2Cr 24.19; Sl
19.7-9; Is 8.20; 34.16; Mt 5.17,18; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16; 2Tm 1.13
8 - Lc 24.44,45; Mt
5.22,28,32,34,39; 11.29,30; 17.5; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14
II- Deus
O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito
pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente;
é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor.1 Ele é o criador,
sustentador, redentor, juiz e Senhor da história e do universo, que governa
pelo seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno
propósito e graça.2 Deus é infinito em santidade e em todas as demais
perfeições.3 Por isso, a ele devemos todo o amor, culto e obediência.4 Em sua
triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas
distintas mas sem divisão em sua essência.5
1 - Dt 6.4; Jr 10.1;
Sl 139; 1Co 8.6; 1Tm 1.17; 2.5,6; Ex 3.14; 6.2,3; Is 43.15; Mt 6.9; Jo 4.24; Ml
3.6; Tg 1.17; 1Pe 1.16,17
2 - Gn 1.1; 17.1; Ex
15.11-18; Is 43.3; At 17.24-26; Ef 3.11; 1Pe 1.17
3 - Ex 15.11; Is 6.1,2; 57.15; J34.10
4 - Mt 22.37; Jo 4.23,24; 1Pe 1.15,16
5 - Mt 28.19; Mc 1.9-11; 1Jo 5.7; Rm 15.30;
2Co 13.13; Fp 3.3
1- Deus Pai
Deus, como Criador, manifesta disposição
paternal para com todos os homens.1 Historicamente ele se revelou primeiro como
pai ao povo de Israel, que escolheu consoante os propósitos de sua graça.2 Ele
é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os
pecadores e deles fazer filhos por adoção.3 Aqueles que aceitam a Jesus Cristo
e nele creem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo seu Espírito, e, assim,
passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina.4
1 - Is 64.8; Mt 6.9;
7.11; At 17.26-29; 1Co 8.6; Hb 12.9
2 - Ex 4.22,23; Dt 32.6-18;
Is 1.2,3; 63.16; Jr 31.9
3 - Sl 2.7; Mt 3.17;
17.5; Lc 1.35; Jo 1.12
4 - Mt 23.9; Jo
1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.4-7; Hb 12.6-11
2- Deus Filho
Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o
eterno Filho de Deus.1 Nele, por ele e para ele foram criadas todas as coisas.2
Na plenitude dos tempos ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus
Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em sua
pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.3 Jesus é a imagem expressa do seu Pai,
a revelação suprema de Deus ao homem.4 Ele honrou e cumpriu plenamente a lei
divina e revelou e obedeceu toda a vontade de Deus.5 Identificou-se
perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos
pecados, conquanto ele mesmo não tivesse pecado.6 Para salvar-nos do pecado,
morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e,
depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à
destra do Pai, exerce o seu eterno sumo sacerdócio.7 Jesus Cristo é o único
Mediador entre Deus e os homens e o único e suficiente Salvador e Senhor.8 Pelo
seu Espírito ele está presente e habita no coração de cada crente e na igreja.9
Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para julgar os
homens e consumar sua obra redentora.10
1 - Sl 2.7; 110.1; Mt
1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16,27; 17.5; Mc 1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2;
11.27; 14.7-11; 16.28
2 - Jo 1.3; 1Co 8.6;
Cl 1.16,17
3 - Is 7.14; Lc 1.35;
Jo 1.14; Gl 4.4,5
4 - Jo 14.7-9; Mt
11.27; Jo 10.30,38; 12.44-50; Cl 1.15,19; 2.9; Hb 1.3
5 - Is 53; Mt 5.17;
Hb 5.7-10
6 - Rm 8.1-3; Fp 2.1-11;
Hb 4.14,15; 1Pe 2.21-25
7 - At 1.6-14; Jo
19.30,35; Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; At 2.22-24; 1Co 15.4-8
8 - Jo 14.6; At 4.12;
1Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.14-16; 10.19-23
9 - Mt 28.20; Jo 14.16,17;
15.26; 16.7; 1Co 6.19
10 - At 1.11; 1Co
15.24-28; 1Ts 4.14-18; Tt 2.13
3- Deus Espírito Santo
O Espírito Santo, um em essência com o Pai e
com o Filho, é pessoa divina.1 É o Espírito da verdade.2 Atuou na criação do
mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras.3 Ele ilumina os
homens e os capacita a compreenderem a verdade divina.4 No dia de Pentecostes,
em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito
Santo, ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos
foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo que é a
Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos,
confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que
crêem em Cristo.5 O recebimento do Espírito Santo sempre ocorre quando os
pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo
Espírito, à igreja.6 Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica.7 Convence
o mundo do pecado, da justiça e do juízo.8 Opera a regeneração do pecador
perdido.9 Sela o crente para o dia da redenção final.10 Habita no crente.11
Guia-o em toda a verdade.12 Capacita-o a obedecer a vontade de Deus.13
Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o
ministério da Igreja no mundo.14 Sua plenitude e seu fruto na vida do crente
constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante.15
1 - Gn 1.2; J23.13;
Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3; Lc 4.18,19 ; Jo 4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14;
1Jo 5.6,7; Mt 28.19
2 - Jo 16.13; 14.17;
15.26
3 - Gn 1.2; 2Tm 3.16;
2Pe 1.21
4 - Lc 12.12; Jo 14.16,17,26;
1Co 2.10-14; Hb 9.8
5 - Jl 2.28-32; At
1.5; 2.1-4; 24.29; At 2.41; 8.14-17; 10.44-47; 19.5-7; 1Co 12.12-15
6 - At 2.38,39; 1Co
12.12-15
7 - Jo 14.16,17; 16.13,14
8 - Jo 16.8-11
9 - Jo 3.5; Rm 8.9-11
10 - Ef 4.30
11 - Rm 8.9-11
12 - Jo 16.13
13 - Ef 5.16-25
14 - 1Co 12.7,11; Ef
4.11-13
15 - Ef 5.18-21; Gl
5.22,23; At 1.8
III- O Homem
Por um ato especial, o homem foi criado por
Deus à sua imagem e conforme a sua semelhança e disso decorrem o seu valor e
dignidade.1 Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar.2
Seu espírito procede de Deus e para ele retornará.3 O criador ordenou que o
homem domine, desenvolva e guarde a obra criada.4 Criado para a glorificação de
Deus.5 Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem
como cumprir sua divina vontade.6 Ser pessoal e espiritual, o homem tem
capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual
e experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em matéria
religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano,
seja civil ou religioso.7
1 Gn 1.26-31; 18.22; 9.6; Sl 8.1-9; Mt 16.26
2 Gn 2.7; 3.19; Ec
3.20; 12.7
3 Ec 12.7; Dn 12.2,3
4 Gn 1.21; 2.1; Sl
8.3-8
5 At 17.26-29; 1Jo
1.3,6,9
6 Jr 9.23,24; Mq 6.8;
Mt 6.33; Jo 14.23; Rm 8.38,39
7 Jo 1.4-13; 17.3; Ec
5.14,17; 1Tm 2.5; J19.25,26; Jr 31.3; At 5.29; Ez 18.20; Dn 12.2; Mt 25.32,46;
Jo 5.29; 1Co 15; 1Ts 4.16,17; Ap 20.11-15
IV- O Pecado
No princípio o homem vivia em estado de
inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus.1 Mas, cedendo à tentação de
Satanás, num ato livre de desobediência contra seu Criador, o homem caiu no
pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado.2 Em
consequência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza,
pecadores e inclinados à prática do mal.3 Todo pecado é cometido contra Deus,
sua pessoa, sua vontade e sua lei.4 Mas o mal praticado pelo homem atinge
também o seu próximo.5 O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus
Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal.6 Como resultado do pecado, da
incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte
e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria
criação de Deus.7 Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se
a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo.8
1 Gn 2.15-17; 3.8-10;
Ec 7.29
2 Gn 3; Rm 5.12-19;
Ef 2.12; Rm 3.23
3 Gn 3.12; Rm 5.12;
Sl 51.5; Is 53.6; Jr 17.5; Rm 1.18-27; 3.10-19; 7.14-25; Gl 3.22; Ef 2.1-3
4 Sl 51.4; Mt 6.14;
Rm 8.7-22
5 Mt 6.14,15;
18.21-35; 1Co 8.12; Tg 5.16
6 Jo 3.36; 16.9; 1Jo 5.10-12
7 Rm 5.12-19; 6.23;
Ef 2.5; Gn 3.18; Rm 8.22
8 Rm 3.20; Gl
3.10,11; Ef 2.8,9
V- Salvação
A salvação é outorgada por Deus pela sua
graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como
único Salvador e Senhor.1 O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma
vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz.2 A salvação é
individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser.3 É um dom
gratuito que Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a
justificação, a santificação e a glorificação.4
1 Sl 37.39; Is 55.5;
Sf 3.17; Tt 2.9-11; Ef 2.8,9; At 15.11; 4.12
2 Is 53.4-6; 1Pe
1.18-25; 1Co 6.20; Ef 1.7; Ap 5.7-10
3 Mt 16.24; Rm 10.13; 1Ts 5.23,24; Rm 5.10
4 Rm 6.23; Hb 2.1-4;
Jo 3.14; 1Co 1.30; At 11.18
A regeneração é o ato inicial da salvação em
que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura
em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a
justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito
Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito Santo, é por ele selado
para o dia da redenção final e é liberto do castigo eterno dos seus pecados.1
Há duas condições para o pecador ser regenerado: arrependimento e fé. O
arrependimento implica mudança radical do homem interior, por força do que ele
se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de
Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte
do pecador.2 Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com
Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz.3
1 Dt 30.6; Ez 36.26;
Jo 3.3-5; 1Pe 1.3; 2Co 5.17; Ef 4.20-24
2 Tt 3.5; Rm 8.2; Jo
1.11-13; Ef 4.32; At 11.17
3 2Co 1.21,22; Ef 4.30; Rm 8.1; 6.22
A justificação, que ocorre simultaneamente
com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do
sacrifício de Cristo, absorve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara
justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção
diante dos homens.1 Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras
meritóritas praticadas pelo homem mas por meio de sua fé em Cristo.2
1 Is 53.11; Rm 8.33;
3.24
2 Rm 5.1; At 3.19; Mt
9.6; 2Co 5.21; 1Co 1.30
A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à
realização dos propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em
busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o
poder do Espírito Santo que nele habita.1 Ela ocorre na medida da dedicação do
crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto
do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus
e ao próximo.2
1 Jo 17.17; 1Ts 4.3; 5.23; 4.7
1 Jo 17.17; 1Ts 4.3; 5.23; 4.7
2 Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 2.12,13; 2Co 7.1;
3.18; Hb 12.14; Rm 6.19; Gl 5.22; Fp.1.9-11
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação.1 É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo.2
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação.1 É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo.2
1 Rm 8.30; 2Pe 1.10,11;
1Jo 3.2; Fp 3.12; Hb 6.11
2 1Co 13.12; 1Ts
2.12; Ap 21.3,4
VI- Eleição
Eleição é a escolha feita por Deus, em
Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer
mérito, mas segundo a riqueza da sua graça.1 Antes da criação do mundo, Deus,
no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as
coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no
correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação.2 Ainda que baseada
na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o
livre-arbítrio de cada um e de todos os homens.3 A salvação do crente é eterna.
Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus.4 Nenhuma
força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em
Cristo Jesus.5 O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como
filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a
permanência na graça da salvação.6
1 Gn 12.1-3; Ex 19.5,6; Ez 36.22,23,32; 1Pe
1.2; Rm 9.22-24; 1Ts 1.4
2 Rm 8.28-30; Ef
1.3-14; 2Ts 2.13,14
3 Dt 30.15-20; Jo
15.16; Rm 8.35-39; 1Pe 5.10
4 Jo 3.16,36; Jo 10.28,29; 1Jo 2.19
5 Mt 24.13; Rm 8.35-39
6 Jo 10.28; Rm 8.35-39; Jd 24
VII- Reino de Deus
O reino de Deus é o domínio soberano e
universal de Deus e é eterno.1 É também o domínio de Deus no coração dos homens
que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei.
É, assim, o reino invisível nos corações regenerados que opera no mundo e se
manifesta pelo testemunho dos seus súditos.2 A consumação do reino ocorrerá com
a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será
completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna
habitação dos remidos com Deus.3
1 Dn 2.37-44; Is 9.6,7
1 Dn 2.37-44; Is 9.6,7
2 Mt 4.17; Lc 17.20; 4.43; Jo 18.36; 3.3-5
3 Mt 25.31-46; 1Co 15.24; Ap 11.15
VIII- Igreja
Igreja é uma congregação local de pessoas
regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra
“igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento.1
Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com
finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus,
meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a
propagação do evangelho.2 As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm
governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões
espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a
orientação do Espírito Santo.3 Há nas igrejas, segundo as Escrituras, duas
espécies de oficiais: pastores e diáconos. As igrejas devem relacionar-se com
as demais igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas
atividades do reino de Deus. O relacionamento com outras entidades, quer seja
de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência
ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada igreja é um
templo do Espírito Santo.4 Há também no Novo Testamento um outro sentido da
palavra “igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de
todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada,
constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça.
Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela
harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do reino
de Deus.5
1 Mt 18.17; At 5.11;
20.17-28; 1Co 4.17
2 At 2.41,42
3 Mt 18.15-17
4 At 20.17,28; Tt
1.5-9; 1Tm 3.1-13
5 Mt 16.18; Cl 1.18;
Hb 12.22-24; Ef 1.22,23
IX- O Batismo e a Ceia do Senhor
O batismo e a ceia do Senhor são as duas
ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de
natureza simbólica.1 O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua
pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e
pessoal.2 Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para
uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do
Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos.3
O batismo, que é condição para ser membro de
uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.4 A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida,
comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por
meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho.5 Nesse memorial o pão
representa seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue
derramado.6 A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de
Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo
dos participantes.7
1 Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23;
4.1,2; 1Co 11.20,23-30
2 At 2.41,42;
8.12,36-39; 10.47,48
3 Rm 6.3-5; Gl 3.27;
Cl 2.12
4 Mt 28.19; At
2.38,41,42; 10.48
5, 6 Mt 26.26-29; 1Co
10.16,17-21; 11.23-29
7 Mt 26.29; 1Co
11.26-28; At 2.42; 20.4-8
X- O Dia do Senhor
O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso
cristão satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade humana de um
dia em sete para o repouso do corpo e do espírito.1 Com o advento do
Cristianismo, o primeiro dia da semana passou a ser o dia do Senhor, em virtude
de haver Jesus ressuscitado neste dia.2 Deve ser para os cristãos um dia de
real repouso em que - pela frequência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo
dedicado à oração, à leitura bíblica e outras atividades religiosas - eles
estarão se preparando para “aquele descanso que resta para o povo de Deus”.3
Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo trabalho secular, excetuando
aquele que seja imprescindível e indispensável à vida da comunidade. Devem
também abster-se de recreações que desviem a atenção das atividades
espirituais.4
1 Gn 2.3; Ex 20.8-11; Is 58.13-14
2 Jo 20.1,19,26; At
20.7; Ap 1.10
3 Hb 4.9-11; Ap 14.12,13
4 Ex 20.8-11; Jr 17.21,22,27; Ez 22.8
XI- Ministério da Palavra
Todos os crentes foram chamados por Deus para
a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover
o seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo.1
Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial
para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua Palavra.2 O
pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens.3 Cabe-lhe missão
semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos
apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão
supremo.4 A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de proclamar as
Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os salvos.5 Quando um homem
convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse
ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu
exercício, cabe à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e
publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em
sua experiência cristã.6 Esse ato solene de consagração é consumado quando os
membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela igreja,
impõe as mãos sobre o vocacionado.7 O ministro da Palavra deve dedicar-se
totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus.8
O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho.9 Às igrejas cabe a responsabilidade
de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores.10
1 Mt 28.19,20; At
1.8; Rm 1.6,7; 8.28-30; Ef 4.1,4; 2Tm 1.9; Hb 9.15; 1Pe 1.15; Ap 17.14
2 Mc 3.13,14; Lc 1.2;
At 6.1-4; 13.2,3; 26.16-18; Rm 1.1; 1Co 12.28; 2Co 2.17; Gl 1.15-17
3 Ex 4.11,12; Is
6.5-9; Jr 1.5-10; At 20.24-28
4 At 26.19,20; Jo
13.12-15; Ef 4.11-17
5 Mt 28.19,20; Jo
21.15-17; At 20.24-28; 1Co 1.21; Ef 4.12-16
6 At 13.1-3; 1Tm
3.1-7
7 At 13.3; 1Tm 4.14
8 At 6.1-4; 1Tm 4.11-16;
2Tm 2.3,4; 4.2,5; 1Pe 5.1-3
9 Mt 10.9,10; Lc 10.7;
1Co 9.13,14; 1Tm 5.17,18
10 2Co 8.1-7; Gl 6.6;
Fp 4.14-18
XII- Mordomia
Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece
Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas.1 Todas as bênçãos
temporais e espirituais procedem de Deus e por isso os homens devem a ele o que
são e possuem e, também, o sustento.2 O crente pertence a Deus porque Deus o
criou e o remiu em Jesus Cristo.3 Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou
administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das
oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu
infinito amor, providência e sabedoria.4 Cabe ao crente o dever de viver e
comunicar ao mundo o Evangelho que recebeu de Deus.5 As Escrituras Sagradas
ensinam que o plano específico de Deus para o sustento financeiro de sua causa
consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas.6 Devem eles
trazer à igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e
liberdade, para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência
e outras.7
1 Gn 1.1; 14.17-20;
Sl 24.1; Ec 11.9; 1Co 10.26
2 Gn 14.20; Dt 8.18;
1Cr 29.14-16; Tg 1.17; 2Co 8.5
3 Gn 1.27; At 17.28;
1Co 6.19,20; Tg 1.21; 1Pe 1.18-21
4 Mt 25.14-30; 31.46
5 Rm 1.14; 1Co 9.16; Fp 2.16
6 Gn 14.20; Lv 27.30;
Pv 3.9,10; Ml 3.8-12; Mt 23.23
7 At 11.27-30; 1Co 8.1-3; 2Co 8.1-15; Fp
4.10-18
XIII- Evangelização e Missões
A missão primordial do povo de Deus é a
evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus.1 É dever de
todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e
pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos de
Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los a observar todas
as coisas que Jesus ordenou.2 A responsabilidade da evangelização estende-se
até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de
missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara.3
1 Mt 28.19,20; Jo
17.20; At 1.8; 13.2,3
2 Mt 28.18-20; Lc
24.46-49; Jo 17.20
3 Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15
XIV- Educação Religiosa
O ministério docente da igreja, sob a égide
do Espírito Santo, compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre
Jesus Cristo e o crente.1 A palavra de Deus é o conteúdo essencial e
fundamental nesse processo e no programa de aprendizagem cristã.2 O programa de
educação religiosa nas igrejas é necessário para a instrução e desenvolvimento
de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”.
Às igrejas cabe cuidar do doutrinamento adequado dos crentes, visando à sua
formação e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, bem como motivação
e capacitação sua para o serviço cristão e o desempenho de suas tarefas no
cumprimento da missão da igreja no mundo.3
1 Mt 11.29,30; Jo 13.14-17
2 Jo 14.26; 1Co 3.1,2; 2Tm 2.15
3 Sl 119; 2Tm 3.16,17; Cl 1.28; Mt 28.19,20
XV- Liberdade Religiosa
Deus e somente Deus é o Senhor da
consciência.1 A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem,
inerente à sua natureza moral e espiritual.2 Por força dessa natureza, a
liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano.3 Cada
pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência,
livre de coações de qualquer espécie.4 A igreja e o Estado devem estar
separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções.5 É dever
do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem
favorecimento a qualquer grupo ou credo.6 O Estado deve ser leigo e a Igreja
livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o
bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar
pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes
constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus.7
1 Gn 1.27; 2.7; Sl
9.7-8; Mt 10.28; 23.10; Rm 14.4-9,13; Tg 4.12
2 Js 24.15; 1Pe
2.15,16; Lc 20.25
3 Dn 3.15-18; Lc
20.25; At 4.9-20; 5.29
4 Dn 3.16-18; 6; At
19.35-41
5 Mt 22.21; Rm 13.1-7
6 At 19.34-41
7 Dn 3.16-18; 6.7-10;
Mt 17.27; At 4.18-20; 5.29; Rm 13.1-7; 1Tm 2.1-3
XVI- Ordem Social
Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem
o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em
que vive.1 Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar a mensagem
do Evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento da justiça entre os homens
dependem basicamente da regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios
do Evangelho na vida individual e coletiva.2 Todavia, como cristãos, devemos
estender a mão de ajuda aos órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos e a
outros necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de quaisquer
injustiça e opressões.3 Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para
quaisquer meios de violência ou discordantes das normas de vida expostas no
Novo Testamento.4
1 Mt 5.13-16; Jo 12.35-36;
Fp 2.15
2 Mt 6.33; Mc 6.37; Lc
10.29-37
3 Ex 22.21,22; Sl 82.3,4; Ec 11.1,2
4 Is 1.16-20; Mq 6.8; Mt 5.9
XVII- Família
A família, criada por Deus para o bem do homem, é a
primeira instituição da sociedade. Sua base é o casamento monogâmico e
duradouro, por toda a vida, só podendo ser desfeito pela morte ou pela
infidelidade conjugal.1 O propósito imediato da família é glorificar a Deus e
prover a satisfação das necessidades humanas de comunhão, educação,
companheirismo, segurança, preservação da espécie e bem assim o perfeito
ajustamento da pessoa humana em todas as suas dimensões.2 Caída em virtude do
pecado, Deus provê para ela, mediante a fé em Cristo, a bênção da salvação
temporal e eterna, e quando salva poderá cumprir seus fins temporais e promover
a glória de Deus.3
1 Gn 1.7; Js 24.15; 1Rs
2.1-3; Ml 2.10
2 Gn 1.28; Sl 127.1-5; Ec
4.9-13
3 At 16.31,34
XVIII- Morte
Todos os homens são marcados pela finitude,
de vez que, em conseqüência do pecado, a morte se estende a todos.1 A Palavra
de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a
morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em
Cristo enquanto estão neste mundo.2 Com a morte está definido o destino eterno
de cada homem.3 Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na
cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um
estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de
felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor”.4 Os incrédulos e
impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de
Deus.5 Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da
busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos
religiosos com relação aos que já morreram.6
1 Rm 5.12; 1Co
15.21-26; Hb 9.27; Tg 4.14
2 Lc 16.19-31; Hb
9.27
3 Lc 16.19-31;
23.39-46; Hb 9.27
4 Rm 5.6-11; 14.7-9;
1Co 15.18-20; 2Co 5.14,15; Fp 1.21-23; 1Ts 4.13-17; 2Tm 2.11
5 Lc 16.19-31; Jo 5.28,29
6 Ex 22.18; Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.10; 1Cr
10.13; Is 8.19; Jo 3.18
XIX- Justos e Ímpios
Deus, no exercício de sua sabedoria, está
conduzindo o mundo e a história a seu termo final.1 Em cumprimento à sua
promessa, Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande
poder e glória.2 Os mortos em Cristo serão ressuscitados, arrebatados e se
unirão ao Senhor.3 Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados.4 Conquanto
os crentes já estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão
perante o tribunal de Jesus Cristo para serem julgados, cada um segundo suas
obras, pois através destas é que se manifestam os frutos da fé ou os da
incredulidade.5 Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o
castigo eterno, separados de Deus.6 Os justos, com os corpos glorificados,
receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu como o Senhor.7
1 Mt 13.39,40; 28.20; At 3.21; 1Co 15.24-28; Ef 1.10
1 Mt 13.39,40; 28.20; At 3.21; 1Co 15.24-28; Ef 1.10
2 Mt 16.27; Mc 8.38;
Lc 17.24; 21.27; At 1.11; 1Ts 4.16; 1Tm 6.14,15; 2Tm 4.1,8
3 Dn 12.2,3; Jo
5.28,29; Rm 8.23; 1Co 15.12-58; Fp 3.20; Cl 3.4
4 Dn 12.2; Jo 5.28,29;
At 24.15; 1Co 15.12-24
5 Mt 13.49,50; At
10.42; 1Co 4.5; 2Co 5.10; 2Tm 4.1; Hb 9.27; 2Pe 2.9
6 Dn 12.2,3; Mt
16.27; Mc 9.43-48; Lc 16.26-31; Jo 5.28,29; Rm 6.22,23
7 Dn 12.2,3; Mt
16.27; 25.31-40; Lc 14.14; 16.22,23; Jo 5.28,29; 14.1-3; Rm
6.22,23; 1Co 15.42-44; Ap 22.11,12
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