Fazemos parte da Segunda Igreja Batista em Cabedelo/Pb, situada no bairro, Jardim Manguinhos em frente a Estação de trem.
Horários de cultos:

- Terça: departamentos 19:30h

- Quarta: Culto de oração 19:30h

- Quinta: Reunião da União de adolescentes 19:30h

- Sabado: Culto da UNIJOVEM 19:00h

- Domingo: EBD 09h e Culto de adoração 18h

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ex-travesti retira silicone, casa, adota filho e vira pastor: 'Ser gay é vício'

'Achava impossível mudar', diz ex-travesti que hoje é pastor em MT

Pastor diz ajudar quem quer voltar a ser hétero através de associação.

Para Joide Miranda, homossexualidade pode ser desaprendida.

Pollyana Araújo - Do G1 MT

550 comentários

Joide e Édna estão casados há 14 anos e tem Pedro, de um ano e 11 meses. (Foto: Pollyana Araújo/ G1)

Acompanhado da mulher e do filho de 1 ano, o pastor evangélico Joide Miranda, de 47 anos, que até os 26 era travesti, afirma que é possível deixar de ser homossexual. A partir de sua experiência pessoal, ele decidiu ajudar quem quer voltar a ser hétero, por meio da Associação Brasileira de ex-Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABexLGBTTs). "A homossexualidade é um vício que, muitas vezes, vem desde a infância. Achava que era impossível mudar, mas é uma conduta que pode ser desaprendida", diz o pastor.

O trabalho da associação vai contra a posição do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que orienta profissionais da área a não colaborar com serviços que ofereçam tratamento e cura para homossexualidade e não reforçem preconceitos sociais já existentes em relação ao tema.

Joide retirou silicone dos seios e dos quadris após
a conversão. (Foto: Arquivo pessoal)

Joide Miranda, que aos 14 anos assumiu a homossexualidade e agora se diz "completamente restaurado", pontua que o trabalho que desenvolve busca a cura e a mudança a partir da espiritualidade e da experiência de vida dele, embora avalie que a psicologia seria importante nesse processo. "Aqueles que querem deixar o estado da homossexualidade dizem que me veêm como referência", afirma o pastor, que depois da mudança retirou as próteses de silicone dos seios e o silicone industrializado dos quadris.

Ele explica que a entidade, que foi regulamentada em novembro do ano passado, dá suporte emocional a pessoas de vários lugares, inclusive do Japão, Espanha e França. Até hoje, segundo ele, mais de 500 homossexuais o procuraram. O pastor diz que os maiores motivos alegados para querer deixar a homossexualidade são a solidão e a insatisfação. "Fazemos acompanhamento por telefone, mas pretendemos abrir uma casa de apoio, uma espécie de albergue, para podermos auxiliá-los melhor", conta o pastor, que mora em Cuiabá com a família.

Um dos pilares da associação, segundo ele, é a estruturação familiar. Para o pastor, a desordem familiar tem grande parcela de responsabilidade nos casos de homossexualidade. Ele diz alertar os pais durante as palestras que ministra para que se atentem sobre o comportamento dos filhos, de modo que atuem de forma preventiva. "Um dos maiores fatores que contribuem para a homossexualidade são os abusos sexuais e a ausência de limites para as crianças", enfatiza, ao relatar que, aos 6 anos, foi abusado por um vizinho.

Joide morou em vários países, entre eles na França
(Foto: Arquivo pessoal)

Além dos próprios homossexuais, Joide diz receber inúmeros telefonemas de mães que não concordam com a orientação sexual dos filhos. Ele diz que muitas delas pedem para conversar com a mãe dele, que, após muita insistência, conseguiu fazer com que ele fosse para a igreja. Antes disso, o ex-travesti morou em vários países, entre eles Itália e França, onde se prostituía.

Ele cita dois casos de ex-gays que teriam se tornado heterossexuais depois de receberem acompanhamento através da associação. Um deles na França, que morava com outro homem e hoje já está casado com uma mulher.

Outro é o caso de um ex-travesti do Maranhão, que colocou silicone até nos lábios e agora é missionário de uma igreja evangélica. "Quando a pessoa resolve mudar, o interior está todo bagunçado e demora algum tempo para mudar completamente, inclusive os trejeitos femininos", explica.

Joide se casou, mas diz que casamento não pode
servir de fuga. (Foto: Arquivo pessoal)

Casamento
No caso de Joide, a mulher Édna, que hoje o acompanha nas palestras em que dá o seu testemunho, foi quem o ajudou. "Falava para ele que não era para colocar a mão na cintura, nem cruzar as pernas como mulher", disse. Ela, no entanto, faz questão de enfatizar que se casou com um heterossexual e que nunca duvidou da mudança do marido. "Antes achava que gay era sempre gay, mas depois que o conheci mudei esse conceito. Não me importo em falar sobre o passado dele, pois falo de alguém que não existe mais", afirma.

Casada há 14 anos com Joide, Édna conta que os dois eram empresários e deixaram os negócios para ajudar as pessoas que pretendem deixar de ser homossexuais. "Só fazemos isso para que a nossa história possa ajudar outras pessoas". Ela conta que no início do relacionamento enfrentou certo preconceito por parte daqueles que não acreditavam na mudança de Joide.

No entanto, os dois afirmaram que o casamento não pode servir como uma "fuga". Antes de conhecer a mulher, o pastor disse não ter sentido atração por nenhuma outra pessoa do sexo oposto. "Tive tudo que um travesti sonha, como glamour e dinheiro, mas não era feliz. Sentia um vazio muito grande dentro de mim. Era uma vida de hipocrisia", recorda Joide, ao se dizer realizado hoje com a mulher e o filho, que foi adotado porque Édna não conseguia engravidar.

Na visão dele, a homossexualidade está na mente e, por isso, pode ser restaurada."Depois que fui abusado sexualmente, tive a minha heterossexualidade violada", afirma. Ele disse ainda que, quando foi molestado pelo vizinho, teve medo de contar para a família, principalmente ao pai, que era alcoólatra.



HOMOSSEXUALISMO À LUZ DE ROMANOS 1:26-27


Introdução

Desde os primórdios da humanidade, as sociedades convivem com os mais variados tipos de comportamentos sexuais. O relato bíblico da Criação em Gn 1 e 2 mostra que Deus formou o homem e a mulher para viverem em comunhão íntima, tornado-se “uma só carne”. Porém o pecado infiltrou-se nos relacionamentos sexuais entre os seres humanos de tal forma que hoje a sociedade convive com uma variação enorme de perversões sexuais, tais como: narcisismo, homossexualismo, masturbação, sadismo, masoquismo, exibicionismo, pedofilia, gerontofilia, fetichismo, travestismo, incesto, pluralismo, necrofilia, bestialidade, zoofilia, voyeurismo, sexopatia acústica, renifleurismo, coprofagia, frotterurismo, entre outros.

O presente estudo não vai entrar nos detalhes das diversas anomalias sexuais, limitando-se apenas ao estudo do homossexualismo, pois este é o tema tratado pelo apóstolo Paulo em Rm 1:26 e 27. O artigo será dividido nas seguintes seções: Estudo da referência paulina em Romanos; conceito e causas da homossexualidade; os motivos pelos quais Deus condena este comportamento sexual; terapia para a regeneração daqueles que apresentam este desvio da sua sexualidade. Ao final, será apresentado um resumo do trabalho e as conclusões encontradas.

Comentário Sobre Rm 1:26-27 - Encontra-se a declaração de Paulo nas seguintes palavras: "Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro." Romanos 1:26-27

Há um consenso geral de que Paulo referia-se aqui à prática do lesbianismo e do homossexualismo masculino. A palavra “natural” (kata physin) em oposição à “contrária à natureza” (para physin) era usada no tempo de Paulo com muita freqüência como uma maneira de estabelecer distinção entre comportamento heterossexual e homossexual. Harrison acrescenta que “Paulo usa linguagem direta, para condenar a perversão do sexo fora do seu justo lugar: dentro do relacionamento conjugal”. Outro teólogo afirma que a contaminação do corpo humano é claramente manifestada no homossexualismo, pois ele é obviamente antinatural, contrário à natureza sexual.

A prática do homossexualismo era comum no mundo pagão, tendo forte presença na sociedade em geral, sendo designado como o “pecado grego”. Paulo escreveu sua epístola aos Romanos na cidade de Corinto, a capital dos vícios gregos, e certamente já vira ali evidências sobre as práticas homossexuais.

Lovelace ainda diz que “contrária à natureza” significa “simplesmente contra a intenção de Deus para o comportamento sexual humano que é explicitamente visível na natureza, na função complementar dos órgãos sexuais e dos temperamentos do macho e da fêmea”.

No verso 27 Paulo emprega o termo arsen 3 vezes, traduzidos na ARA por “homens”. O substantivo arsenokoites (“homossexual masculino”, “pederasta”) é empregado pelo apóstolo como alguém que não herdará a salvação por estar sob a condenação de Deus (1Co 6:9; 1Tm 1:10). Brown ainda acrescenta que aqui a perversão sexual é vista como resultado de (e, até certo ponto, um julgamento sobre) o pecado do homem em adorar a criatura ao invés do criador.

Conceito e Causas da Homossexualidade

Uma vez comprovado que o tema que Paulo abordou em Rm 1:26-27 foi mesmo a homossexualidade, tanto masculina quanto feminina, faz-se necessário um maior aprofundamento sobre o estudo deste comportamento sexual.

O homossexual é considerado uma pessoa com tendência a dirigir o desejo sexual para outra pessoa do mesmo sexo, ou seja, ele (ou ela) sente atração erótico-sexual por parceiro do mesmo sexo. Maranon apresenta uma definição mais completa sobre a homossexualidade nas seguintes palavras:

Por mais classificações que se façam desta anormalidade, a base patogenética é sempre a mesma: uma sexualidade recuada, de polivalência infantil que, por circunstâncias externas, condiciona sob diferentes formas seu objetivo erótico em sentido homossexual.

Baseando-se no relatório de Kinsey, os homossexuais pretendem que sua condição seja considerada “uma espécie de forma alternativa de sexualidade, homóloga e simétrica à heterossexualidade”.

Bergler, porém, vê a homossexualidade como uma espécie de “síndrome neurótica”, caracterizada por alguns estigmas bem definidos, a saber: uma elevada dose de masoquismo psíquico, levando o homossexual a situações de desconfianças e humilhações; medo, ódio, fuga em relação ao sexo oposto; insatisfação constante e insaciabilidade sexual; megalomania; depressão; sentimento patológico de culpa; ciúme irracional; e inadmissibilidade psicopática.

As pesquisas com relação às causas da homossexualidade ainda não são consideradas de todo consistentes; porém, elas podem ajudar na orientação de uma profilaxia social com relação ao homossexualismo. Gius afirma que “não se verificam quadros de aberração cromossômica ligados primitivamente à homossexualidade”, o que descarta sua origem genética, pois “em todos os casos de homossexualidade masculina examinados, o sexo genético correspondia ao sexo fenotípico (respectivo) e faltavam sinais de qualquer alteração cromossômica verdadeira”.

Mesmo os defensores da origem genética da homossexualidade admitem que a eventual “predisposição inata” só se transforma em efetivo desejo homossexual por força de fatores desencadeadores de natureza psicossocial, dentre os quais: obsessiva ligação com uma mãe autoritária ou possessiva; falta de uma figura paterna significativa como modelo de identificação; experiências de iniciação na infância ou adolescência; e fixação ou regressão da personalidade a níveis auto-eróticos, com supervalorização do falo (órgão sexual masculino).

O homossexual é um homem ressentido por acreditar que não tem o corpo que sua mente mereceria. Freud também considerava que o meio onde as crianças se desenvolvem é fator determinante de sua sexualidade.

Snoek divide estes fatores determinantes em três categorias:

1. Fisiológicos - Nenhuma das teorias (genética, hormonal, morfológica) foi comprovada;

2. Familiares - Uma mãe dominante, juntamente com um pai apagado; uma supermãe, tão envolvente que para o filho só existe uma mulher, que é ela; a mãe frustrada no seu relacionamento com o marido, incutindo na cabeça das filhas que homem nenhum tem valor; um superpai que exige uma virilidade impossível de ser alcançada pelo filho; os pais desejam um menino, mas nasce uma menina;

3. Sociais – O unissexismo, que ocorre na forma do segregacionismo ou do igualitarismo; o anarquismo; e a sedução por adultos.

Por Que Deus Condena o Homossexualismo?

Deus abençoou o homem e a mulher e lhes deu o mandamento de serem fecundos e multiplicarem-se (Gn 1:28). O casamento é a “união de duas pessoas que originalmente foram uma, depois foram separadas uma da outra, e agora no encontro sexual do casamento se uniram novamente”. Lovelace acrescenta dizendo que “não é por acidente que toda forma de expressão sexual fora da aliança do casamento seja explícita ou implicitamente condenada no restante das Escrituras”.

A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem e uma mulher, unidos pelo compromisso eterno do matrimônio. Em virtude deste crescente desvio do padrão idealizado por Deus no princípio, é que têm surgido todas estas anomalias sexuais descritas até aqui. Hoje já se convive até mesmo com o “casamento” entre homossexuais e a adoção de filhos por estes “casais”.

O propósito de Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só carne” (Gn 2:24), constituindo-se numa família heterossexual, na qual os filhos poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de preconceitos.

Este ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais passaram a ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar para as orientações dadas por Deus no passado, e para os perigos de não seguir estas orientações. A atual sociedade já aprendeu a conviver pacificamente com o outrora chamado “pecado grego”, vendo os homossexuais como apenas “um pouco diferentes”.

Deus condena o homossexualismo porque ele é totalmente contrário ao propósito original das relações sexuais: procriação e/ou prazer. Segundo Boice, apenas em se olhar para a anatomia dos órgãos sexuais do homem e da mulher já deveria haver argumento suficiente para convencer de que as práticas homossexuais não são normais. Tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo sempre reconheceram esse fato, defendendo que o homossexual está sob a condenação de Deus.

Cura Para o Homossexual

Após verificar que o homossexualismo está arraigado fortemente na sociedade hodierna, faz-se necessário apresentar ao portador desta anomalia sexual um meio de regeneração e retorno ao ideal divino. A terapia de aconselhamento para o homossexual consiste em “escutar a quem pede ajuda, a fim de facilitar-lhe a decifração, por ele mesmo, de seu próprio discurso... levando a uma convivência mais saudável consigo mesmo e, em vários casos, chega-se à heterossexualidade”.

Talvez o maior problema a princípio seja romper as barreiras da solidão e da incomunicabilidade que a sociedade erige em relação aos homossexuais. Gatti defende que o ponto de partida deve ser a total aceitação do homossexual como pessoa, a plena compreensão de seu drama, e a mais leal solidariedade a seus sofrimentos e a seus problemas. Para o auxílio pastoral ao homossexual são sugeridos os seguintes passos:

1. Reconhecimento e confissão de que sua atitude e conduta são errados;

2. Ele deve admitir e reconhecer seu problema;

3. Deve confessar o pecado a Deus e a um conselheiro espiritual, e depois deve pedir a Deus que o purifique e perdoe;

4. O homossexual que busca a cura deve pedir a Deus que lhe dê um espírito de arrependimento;

5. Pode-se considerar a possibilidade de uma libertação de demônios;

6. O conselheiro deve repetir a promessa de que o indivíduo poderá mudar;

7. O homossexual deve concordar em submeter-se a um plano de disciplina que Deus possa usar para concretizar a mudança desejada;

8. Entre o homossexual e o conselheiro deve haver sinceridade absoluta;

9. O homossexual deve começar a participar de uma comunidade cristã compreensiva;

10. O conselheiro deve ser paciente.

Para o homossexual, como para qualquer outro homem, no fim é apenas a graça do Espírito Santo com seus misteriosos dinamismos que é capaz de tornar a cura do homossexual possível. Acima de todos os meios educativos e terapêuticos, é sempre na graça de Deus que o homem pecador deve confiar.

O Dr. José Maria concorda com o pensamento de que a igreja deve ser o conduto para a ajuda aos homossexuais que desejarem um retorno aos desejos sexuais naturais de cada ser humano. Ele afirma que “a igreja será o último reduto para a consolidação dos conceitos familiares” nos próximos anos.

Resumo e Conclusão

O homossexualismo está presente na história humana desde o seu princípio. Biblicamente, encontram-se referências à homossexualidade já no relato de Sodoma e Gomorra (Gn 19:4-5), de onde advém o termo “sodomia” como referência à homossexualidade e outras anomalias do gênero; bem como no período dos Juízes (Jz 19:22). Moisés também fez referências a esta prática sexual entre o povo de Israel (Lv 18:22; 20:13), condenando-a e considerando-a abominável aos olhos de Deus, punível mesmo com a morte.

No Novo Testamento, a referência clássica à homossexualidade, tanto feminina quanto masculina, encontra-se na epístola de Paulo aos Romanos (Rm 1:26 e 27). Porém, o apóstolo também faz outras referências à condenação divina sobre esta prática (1Co 6:9-10; 1Tm 1:9-11).

O presente trabalho analisou o texto de Romanos, observando a quase unanimidade entre os teólogos e comentadores de que Paulo realmente referia-se na passagem em estudo ao homossexualismo. Porém, é crescente o grupo de eruditos que não aceitam esta interpretação usual, e tentam reinterpretar as declarações paulinas, aplicando-as aos dias atuais, onde a homossexualidade tornou-se já parte comum do cotidiano das grandes cidades.

Através dos estudos e pesquisas científicas consultadas, verifica-se que é reduzida a probabilidade de que as tendências homossexuais sejam o resultado de uma “deformação genética” ou algum caractere hereditário. Ao contrário, é grande o número de estudiosos da psicologia humana que acreditam que este comportamento sexual advém de fatores psicossociais vividos na infância (até os 5 anos de idade, principalmente), e que acarretam traumas e complexos que podem levar o indivíduo a desenvolver o homossexualismo durante sua vida.

Apesar de Deus condenar este comportamento anômalo, em virtude de desvirtuar-se do Seu propósito para o relacionamento sexual e matrimonial, Ele concede ao homossexual desejoso de regenerar-se uma opção de cura, que está disponível através de Sua infinita graça e misericórdia pelas mazelas que atingem a humanidade.

Como representantes de Deus e instrumentos Seus para distribuição de Sua graça ao mundo pecador, os cristão não devem olhar o homossexualismo como uma doença típica de pessoas “despudoradas”; mas devem encarar o problema com o mesmo amor fraternal e solidariedade que Jesus demonstrou em Seu convívio com o ser humano. Resta ao cristão ouvir e atentar ao conselho do próprio apóstolo Paulo: “Tudo posso, naquele que me fortalece” (Fp 4:13).







Gilson Medeiros da Silva

sexta-feira, 27 de julho de 2012


A Igreja no contexto dos últimos dia

Há inúmeros textos bíblicos que nos informam sobre o evento mais importante da História após Deus consumar seu plano de remissão da humanidade: A segunda vinda de Cristo. As profecias apontam para um dia único em que todo olho verá, para felicidade de uns e infelicidade de outros, o Filho do Homem rasgando os céus para consumar o juízo e a condenação dos que O perseguiram e negaram e estabelecer seu Governo sobre a Terra com seus Santos. O entendimento desse assunto, meu querido, é extenso e complexo e está longe de mim qualquer intenção de resumi-lo a essas linhas. O que quero é nos fazer pensar sobre ele.

Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica GospelSeja pelos profetas – de seus lábios temos as mais belas e chocantes descrições desse maravilhoso evento –, pelos Salmos, pela boca do próprio Jesus ou dos apóstolos, temos uma informação preciosa que nos coloca no centro dele. Nenhum dos apóstolos e profetas teve o privilégio de presenciar, em vida, esse acontecimento e unanimemente projetaram-no para uma geração e um tempo futuros. Olhando para as profecias e para Hoje, a conclusão é que elas estão apontadas para a nossa geração e o nosso tempo. Sim, estamos vivendo os últimos e, quem sabe, os mais importantes dias dos últimos quatro mil anos!

Antes do advento do Anticristo e da sua segunda vinda, no entanto, Jesus nos deixou em Mateus 24 uma seqüência de eventos que nos permitiriam entender o contexto profético e nossa localização, como igreja, nele. Ele falou dos Sinais dos Tempos. Certamente você os conhece e sabe que a incidência deles está aumentando dia após dia.

Atravessamos o século que mais viu pessoas morrerem por guerras – próximo de 100 milhões. Vimos também a proliferação de pestes e doenças que só nossa geração conheceu; todas elas com alto poder de destruição. A relação familiar sofreu uma mudança profunda nos últimos 30 anos e nunca esteve tão confusa. Hoje não é anormal ver filho matando pai e pai descartando filho em rios, praças, shopping e tantos outros como se descarta um lixo.

Estamos na era do martírio. O número de cristãos que perderam sua vida por Cristo nos 19 séculos de Igreja certamente não chega perto dos quase 30 milhões registrados no século 20 – sem contar os não registrados. O nosso momento já pode ser considerado o de maior concentração de eventos naturais como terremotos e maremotos. E mais terremotos de maior intensidade nos esperam, segundo estudiosos. Para não me estender mais, quero te lembrar do desenvolvimento da ciência e das formas de deslocamento sobre o globo, conforme Daniel 12:4.

Como estamos lidando com todos esses sinais? Será que toda Igreja está ciente de que eles a colocam, de fato, no contexto dos últimos dias? Em Mateus 16 e Lucas 19, Jesus deixou uma séria advertência em relação à incapacidade dos israelitas – que se estende a nós – de discernir o tempo da visitação de Deus. Por desconhecerem os sinais de seu tempo, não viram Jesus como o Messias e por isso o crucificaram. Até hoje eles colhem severas conseqüências.

Entender esses sinais significa assumir um posicionamento de harmonia com a Segunda Vinda, de maneira que a Igreja cumpra seu papel nesse tempo. Não só uma parte, mas toda ela contribuindo para que o Evangelho seja pregado a toda criatura e em real intercessão para que “Venha a nós o Teu Reino”, como descreve apocalipse 22:17. É fundamental que estejamos avivados com nossa função nesses últimos dias para não tropeçarmos como igreja.

As profecias falam de uma noiva santa e atenta ao retorno de seu Noivo e não desesperada e com medo desses sinais. A Igreja que a Bíblia descreve não está apegada, envolvida ou comprometida com esse mundo, mas é um corpo composto por membros atuantes que discernem seu tempo e vivem a empolgante expectativa de sentar-se a mesa para a Grande Ceia junto a Cristo e então descer triunfante para governar com Ele. Antes de tudo, a vinda de Jesus deve ser uma realidade cravada em nossos corações que justifique nossa posição de espera por Ele, com os olhos fitados somente nele. É essa noiva que ele está preparando e que logo, logo vem buscar.

Maranatá!

Por Tiago Lino Henriques Você o encontra no twitter em @tiagolinno e no blog www.tiagolinno.wordpress.com

terça-feira, 3 de julho de 2012

Princípios Batistas

Princípios Batistas

A AUTORIDADE

1-  Cristo como Senhor

A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao seu serviço, fidelidade ao seu reino e a máxima devoção à sua pessoa, como o Senhor vivo.
A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita à sua soberania.

2-  As Escrituras

A Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. É a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução.
A Bíblia como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra autorizada de fé e prática.

3- O Espírito Santo

O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto, é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras são produto de homens que, inspirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo. Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tornando, assim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e intérprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor.

O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus.
O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

     O INDIVÍDUO

1-  Seu valor

A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.

A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial.

Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2-  Sua competência

O indivíduo, porque criado à imagem de Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas. Ele é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus, para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta, e partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção.

Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.

3-  Sua liberdade

Os batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um direito outorgado por Deus.
Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

    A VIDA CRISTÃ

1-  A salvação pela graça

A graça é a provisão misericordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem no seu estado natural é egoísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiritualmente morto em transgressões e pecados. Devido à sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a todos, apesar da corrupção moral e da rebelião. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divinos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a Ele como Senhor.
A Salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã.
A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição à soberania divina.

2-  As exigências do discipulado

O aprendizado cristão inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desenvolve-se à proporção que a pessoa tem comunhão com Cristo e obedece aos seus mandamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obediência exige a entrega das ambições e dos propósitos pessoais e a obediência à vontade do Pai. A obediência levou Cristo à cruz e exige de cada discípulo que tome a própria cruz e siga a Cristo.

O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará, primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cumprir o mandamento cristão. Sua vida pessoal manifestará autodisciplina, pureza, integridade e amor cristão, em todas as relações que tem com os outros. O discipulado é completo.
As exigências do discipulado cristão estão baseadas no reconhecimento da soberania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e devoção completas.

3-  O sacerdócio do crente

Cada homem pode ir diretamente a Deus em busca de perdão, através do arrependimento e da fé. Ele não necessita para isso de nenhum outro indivíduo, nem mesmo da igreja. Há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus. Depois de tornar-se crente, a pessoa tem acesso direto a Deus, através de Jesus Cristo. Ela entra no sacerdócio real que lhe outorga o privilégio de servir a humanidade em nome de Cristo. Deverá partilhar com os homens a fé que acalenta e servi-los em nome e no espírito de Cristo. O sacerdócio do crente, portanto, significa que todos os cristãos são iguais perante Deus e na fraternidade da igreja local.

Cada cristão, tendo acesso direto a Deus através de Jesus Cristo, é seu próprio sacerdote e tem a obrigação de servir de sacerdote de Jesus Cristo em benefício de outras pessoas.

4-  O cristão e seu lar

O lar foi constituído por Deus como unidade básica da sociedade. A formação de lares verdadeiramente cristãos deve merecer o interesse particular de todos. Devem ser constituídos da união de dois seres cristãos, dotados de maturidade emocional, espiritual e física e unidos por um amor profundo e puro. O casal deve partilhar ideais e ambições semelhantes e ser dedicado à criação dos filhos na instrução e disciplina divinas. Isso exige o estudo regular da Bíblia e a prática do culto doméstico. Nesses lares o espírito de Cristo está presente em todas as relações da família.

As igrejas têm a obrigação de preparar jovens para o casamento, treinar e auxiliar os pais nas suas responsabilidades, orientar pais e filhos nas provações e crises da vida, assistir àqueles que sofrem em lares desajustados, e ajudar os enlutados e encanecidos a encontrarem sempre um significado na vida.
O lar é básico, no propósito de Deus, para o bem-estar da humanidade, e o desenvolvimento da família deve ser de supremo interesse para todos os cristãos.

5- O cristão como cidadão

O cristão é cidadão de dois mundos – o reino de Deus e o estado político – e deve obedecer à lei de sua pátria terrena, tanto quanto à lei suprema. No caso de ser necessária uma escolha, o cristão deve obedecer a Deus antes que ao homem. Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei e a põem em vigor, e participar ativamente na vida social, econômica e política com o espírito e princípios cristãos. A mordomia cristã da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento de impostos e o apoio à legislação digna. O cristão deve orar pelas autoridades e incentivar outros cristãos a aceitarem a responsabilidade cívica, como um serviço a Deus e à humanidade.

O cristão é cidadão de dois mundos – o reino de Deus e o estado – e deve ser obediente à lei do seu país tanto quanto à lei suprema de Deus.

    A IGREJA

1-  Sua natureza

No Novo Testamento o termo igreja é usado para designar o povo de Deus na sua totalidade, ou só uma assembléia local. A igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente criadas, e feitas uma só debaixo do governo soberano de Deus. A igreja como uma entidade local – um organismo presidido pelo Espírito Santo – é uma fraternidade de crentes em Jesus Cristo, que se batizaram e voluntariamente se uniram para o culto, estudo, a disciplina mútua, o serviço e a propagação do evangelho, no local da igreja e até os confins da terra.

A igreja, no sentido lato, é a comunidade fraterna de pessoas redimidas por Cristo e tornadas uma só na família de Deus. A igreja, no sentido local, é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço.

2-  Seus membros

A igreja, como uma entidade, é uma companhia de crentes regenerados e batizados que se associam num conceito de fé e fraternidade do evangelho. Propriamente, a pessoa qualifica-se para ser membro de igreja por ser nascida de Deus e aceitar voluntariamente o batismo. Ser membro de uma igreja local, para tais pessoas, é um privilégio santo e um dever sagrado. O simples fato de arrolar-se na lista de membros de uma igreja não torna a pessoa membro do corpo de Cristo. Cuidado extremo deve ser exercido a fim de que sejam aceitas como membros da igreja somente as pessoas que dêem evidências positivas de regeneração e verdadeira submissão a Cristo.

Ser membro de igreja é um privilégio, dado exclusivamente a pessoas regeneradas que voluntariamente aceitam o batismo e se entregam ao discipulado fiel, segundo o preceito cristão.

3-  Suas ordenanças

O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja. São símbolos, mas sua observância envolve fé, exame de consciência, discernimento, confissão, gratidão, comunhão e culto. O batismo é administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus triúno, e sua forma é a imersão daquele que, pela fé, já recebeu a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por esse ato o crente retrata a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma vida nova.

A ceia do Senhor, observada através dos símbolos do pão e do vinho, é um profundo esquadrinhamento do coração, uma grata lembrança de Jesus Cristo e sua morte vicária na cruz, uma abençoada segurança de sua volta e uma jubilosa comunhão com o Cristo vivo e seu povo.

O batismo e a ceia do Senhor, as duas ordenanças da igreja, são símbolos da redenção, mas sua observância envolve realidades espirituais na experiência cristã.

4-  Seu governo

O princípio governante para uma igreja local é a soberania de Jesus Cristo. A autonomia da igreja tem como fundamento o fato de que Cristo está sempre presente e é a cabeça da congregação do seu povo. A igreja, portanto, não pode sujeitar-se à autoridade de qualquer outra entidade religiosa. Sua autonomia, então, é válida somente quando exercida sob o domínio de Cristo.
A democracia, o governo pela congregação, é forma certa somente à medida que, orientada pelo Espírito Santo, providencia e exige a participação consciente de cada um dos membros nas deliberações do trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, tampouco a unanimidade, reflete necessariamente a vontade divina.

Uma igreja é um corpo autônomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabeça. Seu governo democrático, no sentido próprio, reflete a igualdade e responsabilidade de todos os crentes, sob a autoridade de Cristo.

5-  Sua relação para com o estado

Tanto a igreja como o estado são ordenados por Deus e responsáveis perante ele. Cada um é distinto; cada um tem um propósito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igualmente manter a devida relação entre si e para com Deus. Cabe ao estado o exercício da autoridade civil, a manutenção da ordem e a promoção do bem-estar público.
A igreja é uma comunhão voluntária de cristãos, unidos sob o domínio de Cristo para o culto e serviço em seu nome. O estado não pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar suas leis como a base da ordem moral e da justiça social. Os cristãos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princípios cristãos.

O estado deve à igreja a proteção da lei e a liberdade plena, no exercício do seu ministério espiritual. A igreja deve ao estado o reforço moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como a proclamação clara das verdades que fundamentam a justiça e a paz. A igreja tem a responsabilidade tanto de orar pelo estado quanto de declarar o juízo divino em relação ao governo, às responsabilidades de uma soberania autêntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar coerentemente os princípios que sustenta e que devem governar a relação entre ela e o estado.

A igreja e o estado são constituídos por Deus e perante Ele responsáveis. Devem permanecer distintos, mas têm a obrigação do reconhecimento e reforço mútuos, no propósito de cumprir-se a função divina.

6-  Sua relação para com o mundo

Jesus Cristo veio ao mundo, mas não era do mundo. Ele orou não para que seu povo fosse tirado do mundo, mas que fosse liberto do mal. Sua igreja, portanto, tem a responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o cristão, individualmente, têm a obrigação de opor-se ao mal e trabalhar para a eliminação de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A igreja deve tomar posição definida em relação à justiça e trabalhar fervorosamente pelo respeito mútuo, a fraternidade, a retidão, a paz, em todas as relações entre os homens, raças e nações. Ela trabalha confiante no cumprimento final do propósito divino no mundo.

Esses ideais, que têm focalizado o testemunho distintivo dos batistas, choca-se com o momento atual do mundo e em crucial significação. As forças do mundo os desafiam. Certas tendências em nossas igrejas e denominação põem-nos em perigo. Se esses ideais servirem para inspirar os batistas, com o senso da missão digna da hora presente, deverão ser relacionados com a realidade dinâmica de todo o aspecto de nossa tarefa contínua.

A igreja tem uma posição de responsabilidade no mundo; sua missão é para com o mundo; mas seu caráter e ministério são espirituais.

    A NOSSA TAREFA CONTÍNUA

1-  A centralidade do indivíduo

Os batistas, historicamente, têm exaltado o valor do indivíduo, dando-lhe um lugar central no trabalho das igrejas e da denominação. Essa distinção, entretanto, está em perigo nestes dias de automatismo e pressões para o conformismo. Alertados para esses perigos, dentro das próprias fileiras, tanto quanto no mundo, os batistas devem preservar a integridade do indivíduo.
O alto valor do indivíduo deve refletir-se nos serviços de culto, no trabalho evangelístico, nas obras missionárias, no ensino e treinamento da mordomia, em todo o programa de educação cristã. Os programas são justificados pelo que fazem pelos indivíduos por eles influenciados. Isso significa, entre outras coisas, que o indivíduo nunca deve ser usado como um meio, nunca deve ser manobrado, nem tratado como mera estatística. Esse ideal exige, antes, que seja dada primordial consideração ao indivíduo, na sua liberdade moral, nas suas necessidades urgentes e no seu valor perante Cristo.

De consideração primordial na vida e no trabalho de nossas igrejas é o indivíduo, com seu valor, suas necessidades, sua liberdade moral, seu potencial perante Cristo.

2-  Culto

O culto a Deus, pessoal ou coletivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção cristã. É supremo tanto em privilégio quanto em dever. Os batistas enfrentam uma necessidade urgente de melhorar a qualidade do seu culto, a fim de experimentarem coletivamente uma renovação de fé, esperança e amor, como resultado da comunhão com o Deus supremo.

O culto deve ser coerente com a natureza de Deus, na sua santidade: uma experiência, portanto, de adoração e confissão que se expressa com temor e humildade. O culto não é mera forma e ritual, mas uma experiência com o Deus vivo, através da meditação e da entrega pessoal. Não é simplesmente um serviço religioso, mas comunhão com Deus na realidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade.

O culto torna-se significativo quando se combinam, com reverência e ordem, a inspiração da presença de Deus, a proclamação do evangelho, a liberdade e a atuação do Espírito. O resultado de tal culto será uma consciência mais profunda da santidade, majestade e graça de Deus, maior devoção e mais completa dedicação à vontade de Deus.

O culto – que envolve uma experiência de comunhão com o Deus vivo e santo – exige uma apreciação maior sobre a reverência e a ordem, a confissão e a humildade, a consciência da santidade, majestade, graça e propósito de Deus.

3- O ministério cristão

A igreja e todos os seus membros estão no mundo a fim de servir. Em certo sentido, cada filho de Deus é chamado como cristão. Há, entretanto, uma falta generalizada no sentido de negar o valor devido à natureza singular da chamada como vocação ao serviço de Cristo. Maior atenção neste ponto é especialmente necessária, em face da pressão que recebem os jovens competentes para a escolha de algum ramo das ciências e, ainda mais devido ao número decrescente daqueles que estão atendendo à chamada divina, para o serviço de Cristo.

Os que são chamados pelo Senhor para o ministério cristão devem reconhecer que o fim da chamada é servir. São, no sentido especial, escravos de Cristo e seus ministros nas igrejas e junto ao povo. Devem exaltar suas responsabilidades, em vez de privilégios especiais. Suas funções distintas não visam à vanglória; antes, são meios de servir a Deus, à igreja e ao próximo.

As igrejas são responsáveis perante Deus por aqueles que elas consagram ao seu ministério. Devem manter padrões elevados para aqueles que aspiram à consagração, quanto à experiência e ao caráter cristãos. Devem incentivar os chamados a procurarem o preparo adequado ao seu ministério.

Cada cristão tem o dever de ministrar ou servir com abnegação completa; Deus, porém, na sua sabedoria, chama várias pessoas de um modo singular para dedicarem sua vida de tempo integral ao ministério relacionado com a obra da igreja.

4-  Evangelismo

O evangelismo é a proclamação do juízo divino sobre o pecado, e das boas novas da graça divina em Jesus Cristo. É a resposta dos cristãos às pessoas na incidência do pecado, é a ordem de Cristo aos seus seguidores, a fim de que sejam suas testemunhas frente a todos os homens. O evangelismo declara que o evangelho, e unicamente o evangelho, é o poder de Deus para a salvação. A obra de evangelismo é básica na missão da igreja e no mister de cada cristão.

O evangelismo, assim concebido, exige um fundamento teológico firme e uma ênfase perene nas doutrinas básicas da salvação. O evangelismo neotestamentário é a salvação por meio do evangelho e pelo poder do Espírito.

Visa à salvação do homem todo; confronta os perdidos com o preço do discipulado e as exigências da soberania de Cristo; exalta a graça divina, a fé voluntária e a realidade da experiência de conversão.

Convites feitos a pessoas não salvas nunca devem desvalorizar essa realidade imperativa. O uso de truques de psicologia das massas, os substitutivos da convicção e todos os esquemas vaidosos são pecados contra Deus e contra o indivíduo. O amor cristão, o destino dos pecadores e a força do pecado constituem uma urgência obrigatória.

A norma de evangelismo exigida pelos tempos críticos dos nossos dias é o evangelismo pessoal e coletivo, o uso de métodos sãos e dignos, o testemunho de piedade pessoal e dum espírito semelhante ao de Cristo, a intercessão pela misericórdia e pelo poder de Deus, e a dependência completa do Espírito Santo.

O evangelismo, que é básico no ministério da igreja e na vocação do crente, é a proclamação do juízo e da graça de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceitá-lo como Salvador e segui-lo como Senhor.

5-  Missões

Missões, como usamos o termo, é a extensão do propósito redentor de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão além das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas cristãs.

Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competência de cada um para as próprias decisões, nas questões religiosas, temos a responsabilidade perante Deus de assegurar a cada indivíduo o conhecimento e a oportunidade de fazer a decisão certa. Estamos sob a determinação divina, no sentido de proclamar o evangelho a toda a criatura. A urgência da situação atual do mundo, o apelo agressivo de crenças e ideologias exóticas, e nosso interesse pelos transviados exigem de nós dedicação máxima em pessoal e dinheiro, a fim de proclamar-se a redenção em Cristo, para o mundo todo.

A cooperação nas missões mundiais é imperativa. Devemos utilizar os meios à nossa disposição, inclusive os de comunicação em massa, para dar o Evangelho de Cristo ao mundo. Não devemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionários especialmente treinados e dedicados. Cada batista é um missionário, não importa o local onde mora ou posição que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relação a outras nações, raças e religiões fazem parte do nosso testemunho favorável ou contrário a Cristo, o qual, em cada esfera e relação da vida, deve fortalecer nossa proclamação de que Jesus é o Senhor de todos.

As missões procuram a extensão do propósito redentor de Deus em toda parte, através do evangelismo, da educação, e do serviço cristão e exige de nós dedicação máxima.

6-  Mordomia

A mordomia cristã é o uso, sob a orientação divina, da vida, dos talentos, do tempo e dos bens materiais, na proclamação do Evangelho e na prática respectiva. No partilhar o Evangelho, a mordomia encontra seu significado mais elevado: ela é baseada no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus, como uma responsabilidade sagrada.

Os bens materiais em si não são maus, nem bons. O amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, é a raiz de todas as espécies de males. Na mordomia cristã o dinheiro torna-se o meio para alcançar bens espirituais, tanto para a pessoa que dá, quanto para quem recebe. Aceito como encargo sagrado, o dinheiro torna-se não uma ameaça e sim uma oportunidade. Jesus preocupou-se em que o homem fosse liberto da tirania dos bens materiais e os empregasse para suprir tanto às necessidades próprias como as alheias.

A responsabilidade da mordomia aplica-se não somente ao cristão como indivíduo, mas, também, a cada igreja local, cada convenção, cada agência da denominação. Aquilo que é confiado ao indivíduo ou à instituição não deve ser guardado nem gasto egoisticamente, mas empregado no serviço da humanidade e para a glória de Deus.

A mordomia cristã concebe toda a vida como um encargo sagrado, confiado por Deus, e exige o emprego responsável de vida, tempo, talentos e bens – pessoal ou coletivamente – no serviço de Cristo.

7-  O ensino e treinamento

O ensino e treinamento são básicos na comissão de Cristo para os seus seguidores, constituindo um imperativo divino pela natureza da fé e experiência cristãs. Eles são necessários ao desenvolvimento de atitudes cristãs, à demonstração de virtudes cristãs, ao gozo de privilégios cristãos, ao cumprimento de responsabilidades cristãs, à realização da certeza cristã.

Devem começar com o nascimento do homem e continuar através de sua vida toda. São funções do lar e da igreja, divinamente ordenadas. E constituem o caminho da maturidade cristã.

Desde que a fé há de ser pessoal, e voluntária cada resposta à soberania de Cristo, o ensino e treinamento são necessários antecipadamente ao Discipulado Cristão, e a um testemunho vital. Este fato significa que a tarefa educacional da igreja deve ser o centro do programa. A prova do ministério do ensino e treinamento está no caráter semelhante ao de Cristo e na capacidade de enfrentar e resolver eficientemente os problemas sociais, morais e espirituais do mundo hodierno. Devemos treinar os indivíduos a fim de que possam conhecer a verdade que os liberta, experimentar o amor que os transforma em servos da humanidade, e alcançar a fé que lhes concede a esperança no reino de Deus.

A natureza da fé e experiência cristãs e a natureza e necessidades das pessoas fazem do ensino e treinamento um imperativo.

8-  Educação cristã

A fé e a razão aliam-se no conhecimento verdadeiro. A fé genuína procura compreensão e expressão inteligente. As escolas cristãs devem conservar a fé e a razão no equilíbrio próprio. Isto significa que não ficarão satisfeitas senão com os padrões acadêmicos elevados. Ao mesmo tempo, devem proporcionar um tipo distinto de educação – a educação infundida pelo espírito cristão, com a perspectiva cristã e dedicada aos valores cristãos.

Nossas escolas cristãs têm a responsabilidade de treinar e inspirar homens e mulheres para a liderança eficiente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo. As igrejas, por sua vez, têm a responsabilidade de sustentar condignamente todas as suas instituições educacionais.

Os membros de igrejas devem ter interesse naqueles que ensinam em suas instituições, bem como naquilo que estes transmitem. Há limites para a liberdade acadêmica; deve ser admitido, entretanto, que os professores das nossas instituições tenham liberdade para erudição criadora, com o equilíbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a verdade, a denominação, e as pessoas a quem servem.

A educação cristã emerge da relação da fé e da razão e exige excelência e liberdade acadêmicas que são tanto reais quanto responsáveis.


9- A autocrítica

Tanto a igreja local quanto a denominação, a fim de permanecerem sadias e florescentes, têm que aceitar a responsabilidade da autocrítica. Seria prejudicial às igrejas e à denominação se fosse negado ao indivíduo o direito de discordar, ou se fossem considerados nossos métodos ou técnicas como finais ou perfeitos. O trabalho de nossas igrejas e de nossa denominação precisa de freqüente avaliação, a fim de evitar a esterilidade do tradicionalíssimo. Isso especialmente se torna necessário na área dos métodos, mas também se aplica aos princípios e práticas históricas em sua relação à vida contemporânea. Isso significa que nossas igrejas, instituições e agências devem defender e proteger o direito de o povo perguntar e criticar construtivamente.

A autocrítica construtiva deve ser centralizada em problemas básicos e assim evitar os efeitos desintegrantes de acusações e recriminações. Criticar não significa deslealdade; a crítica pode resultar de um interesse profundo do bem-estar da denominação. Tal crítica visará ao desenvolvimento à maturidade cristã, tanto para o indivíduo quanto para a denominação.

Todo grupo de cristãos, para conservar sua produtividade, terá que aceitar a responsabilidade da autocrítica construtiva.

Como batistas, revendo o progresso realizado no decorrer dos anos, temos todos inteira razão de desvanecimento ante as evidências do favor de Deus sobre nós. Os batistas podem bem cantar com alegria, “Glória a Deus, grandes coisas Ele fez!” Podem eles também lembrar que aqueles aos quais foi dado o privilégio de gozar de tão alta herança, reconhecidos ao toque da graça, devem engrandecê-la com os seus próprios sacrifícios.


Amém!!!