O Livro de Romanos
por Dennis Allan ©2006
A Rejeição de Israel (Romanos 11:1-16)
Paulo continua a sua explicação da posição dos judeus diante de Deus.
O Remanescente (1-5) Deus não rejeitou os judeus, porque um resto foi salvo. Os judeus não acharam Deus injusto quando rejeitou a maioria na época do profeta Elias, pois sabiam que os injustos não mereciam estar com Deus. Deus mostrou a sua bondade poupando 7.000 fiéis que não serviam aos ídolos. Aqueles que mostraram a sua fé foram poupados. Em Cristo, os judeus que acreditam em Cristo são salvos. A eleição não foi aleatória, um ato do capricho de Deus. Os eleitos são aqueles que aceitam a palavra de Deus.
A Eleição da Graça (5-10) O remanescente alcançou a salvação pela graça (6). O ponto difícil para os judeus não foi a idéia de eleição em si, pois gozavam a posição de “eleitos” desde as promessas a Abraão e, mais ainda, desde a libertação do Egito. Eles tropeçaram em dois pontos: (a) Quem seria eleito (a inclusão de gentios em igualdade com judeus), e (b) Qual seria a base da eleição (graça X obras da lei).
Paulo divide os judeus em duas categorias (7): (a) A eleição e (b) Os endurecidos. Este contraste mostra que a eleição é conforme a resposta do homem, e não pelo capricho de Deus. Ele cita passagens do Velho Testamento para descrever os endurecidos (8-10): Deuteronômio 29:4 fala dos corações duros, mesmo depois de todas as provas que Deus lhes deu durante 40 anos no deserto; Salmos 69:22-23 fala das atitudes erradas daqueles que crucificaram o Messias. Deus não rejeitou Israel. Israel (com exceção do remanescente) rejeitou Deus.
A Esperança (11-16) Ainda houve esperança pelos judeus que rejeitaram Jesus (11). Da mesma forma que Deus usou a lei para conduzir o homem à fé, ele usou a rejeição pelos judeus para conduzir muitos à salvação (11-12). Quando os judeus rejeitaram a palavra, a porta foi aberta aos gentios. Quando os gentios aceitaram o evangelho, os judeus sentiram ciúmes (11). Mas a história não terminou ali. Se a rejeição por parte dos judeus abriu uma oportunidade para os gentios, a volta dos judeus mostraria ainda mais a grandeza da graça de Deus (12). Paulo queria usar o exemplo da obediência dos gentios para incentivar a obediência de alguns judeus (13-14). Mesmo sendo apóstolo aos gentios, ele não esqueceu dos seus compatriotas (cf. 9:1-5).
A rejeição pelos judeus trouxe salvação ao mundo? Paulo se refere aqui (15) ao seu próprio ministério de levar a palavra aos gentios. Quando os judeus o rejeitaram, ele se dedicou à pregação aos gentios (cf. Atos 13:46-49; 28:24-29; Romanos 1:16). Como seria maravilhosa a salvação dos judeus (15-16). Duas ilustrações mostram que o povo ainda pode ser aceito: (a) A aceitação das primícias sugere a santificação da massa toda; (b) Se a raiz for santa, os ramos também seriam santos.
Quem são as primícias ou a raiz aqui? Quando consideramos o argumento maior de Paulo sobre a fé de Abraão (veja 4:1 em diante), parece provável que a raiz seja Abraão e os patriarcas. Ele foi justificado por fé. Qualquer outro judeu justificado por fé faria parte do ramo santificado. Novamente, o exemplo da fé de Abraão oferece esperança a todos!
Quebrados e Enxertados (Romanos 11:17-36) Uma vez que Paulo defendeu a salvação dos gentios e mostrou que muitos judeus haviam rejeitado Cristo, há perigo de os gentios se acharem superiores aos judeus. Vamos ver os comentários de Paulo para prevenir a arrogância entre os crentes gentios.
Ramos Enxertados (17-24) Alguns ramos (judeus) foram quebrados, e ramos bravos (gentios) foram enxertados na mesma oliveira (17). Os novos ramos não têm direito de se orgulhar, pois eles dependem da raiz, e não vice-versa (18). O fato de serem enxertados não sugere algum mérito dos gentios e não os coloca acima dos judeus (19). A diferença é questão de fé, não de mérito: alguns judeus foram quebrados por falta de fé e alguns gentios foram enxertados por causa de fé (20). Para ficar na oliveira, os gentios teriam que manter o seu temor de Deus. Ele não poupou os judeus incrédulos e rejeitará os gentios se eles se tornarem incrédulos (21).
Paulo frisa os dois lados do caráter de Deus (22): a severidade para com aqueles que caíram e a bondade para com os que crêem. Mas essa bondade é condicional. Qualquer noção da impossibilidade da apostasia cai aqui. Para alcançar a vida eterna, a pessoa tem de manter a sua fé ativa. Se voltar ao pecado, será cortada da fonte da vida.
E agora uma mensagem de esperança. Mesmo aqueles que já rejeitaram Jesus podem mudar e ainda receber a salvação (23). Se não permanecerem na incredulidade, os judeus ainda terão a salvação em Cristo! Uma aplicação: Deixe a porta aberta! Muitas vezes, sentimos frustrados quando ensinamos a palavra e a pessoa não se converte a Cristo. Mesmo depois de ensinar tudo que podemos, devemos deixar a porta aberta. Se a pessoa, futuramente, mudar de idéia, ainda pode alcançar a salvação.
Se Deus achou lugar para os ramos bravos na oliveira, certamente estaria disposto a enxertar de novo os ramos naturais que se arrependerem (24).
Israel Salvo (25-32) Paulo ainda combate ao orgulho dos gentios, mostrando que a incredulidade dos judeus abriu a porta para eles (25). Assim, “todo o Israel será salvo” (26-27). Há muitas interpretações erradas desta frase, por falta de consideração do contexto. Paulo estaria dizendo aqui que todos os judeus carnais ainda serão salvos? O contexto prova que não. Ele já mostrou que Israel não é o povo carnal, e sim o povo espiritual (2:28-29; 9:6-8; compare Gálatas 3:29). A salvação de judeus seria possível somente através da fé deles, como mostram as citações do Velho Testamento (26-27; veja Isaías 59:20-21, que mostra a salvação daqueles que se convertem num contexto que demonstra a culpa dos judeus rebeldes). E os judeus carnais? São inimigos em termos do evangelho, pois o rejeitaram, mas ainda foi através deles que Deus cumpriu as promessas aos patriarcas (28-29). A salvação de judeus seria possível nos mesmos termos da salvação dos gentios: aqueles que deixarem a sua desobediência e confiarem na misericórdia de Deus serão salvos (30-32).
A Sabedoria Divina (33-36) Tudo isso ainda é difícil de compreender? Devemos lembrar que vem de Deus, que é muito superior a nós (33-36). Leia Isaías 55:8-9; 40:13-14.
Sacrifícios Agradáveis (Romanos 12:1-21) Judeus e gentios são salvos somente pela graça de Deus. Por isso, todos os remidos devem se entregar ao Senhor como sacrifícios vivos e agradáveis.
Transformados (1-2) A misericórdia de Deus em salvar pecadores exige uma resposta de gratidão. O cristão deve se apresentar a Deus como sacrifício vivo. Não deve se conformar com o mundo, pois se transforma pela vontade de Deus.
Funções Diferentes (3-8) Os membros de um corpo são diferentes, mas interligados para cooperar para o bem do organismo. Cada membro do corpo de Cristo é diferente, mas todos têm seus papéis para cumprir. Paulo cita exemplos de alguns dons daquela época e de outros permanentes, mas o ponto é o mesmo: cada um deve usar o que recebeu de Deus para lhe servir, e para servir aos outros membros do corpo.
Neste trecho encontramos um princípio importante sobre o nosso serviço. Não devemos agir com orgulho, nos achando melhores que os outros (3). O mesmo versículo mostra que devemos evitar o outro extremo, de pensar que somos incapazes de fazer algo importante. A abordagem certa é uma perspectiva realista e equilibrada: pense com moderação. Mesmo quando reconhecemos a habilidade de fazer alguma coisa, devemos lembrar que é dom que Deus nos deu!
Servir com Amor (9-21) Este trecho é um dos mais práticos da carta aos Romanos. As orientações dadas aqui vêm como aplicação natural dos fatos doutrinários apresentados nos primeiros onze capítulos. Todos os discípulos de Cristo, judeus e gentios, devem as suas vidas à misericórdia de Deus. Devemos viver como servos gratos, dedicando-nos ao serviço humilde. Observemos algumas características desta atitude de servo:
● O amor sincero –
• Sem hipocrisia (9)
• Cordial e humilde (10,16)
• Ajudar aos necessitados (13)
• Simpatia para com os outros (15)
• Abençoar os inimigos (14,17-21)
• Procurar viver em paz (18)
● A justiça –
• Detestar o mal (9)
• Apegar-se ao bem (9)
● O zelo –
• Fervoroso, constante (11)
• Servir ao Senhor (11)
● A perseverança –
• Regozijar-se na esperança (12)
• Paciente (12)
• Orar com perseverança (12)
Pelo amor e pelo sacrifício de Jesus, o nosso Deus misericordioso nos oferece a vida eterna com ele. Em gratidão, devemos nos oferecer como sacrifícios ao Senhor, e como servos humildes dedicados ao povo dele. Esta é “A boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (12:2).
O princípio dominante deste trecho é o amor. Paulo falou da impor-tância do amor antes de oferecer exemplos de como devemos nos portar (12:9-10) e voltará ao mesmo tema em 13:8-10. Jesus citou o amor nos dois grandes mandamentos, e Paulo o vê como a qualidade fundamental em todo o nosso serviço a Deus.
Sujeição ao Governo (1-7)
O cristão não procura a vingança (12:19-21), pois ela pertence a Deus. Mas ele emprega os governos para trazer a vingança divina contra os malfeitores.
Devemos ser submissos ao governo, pois Deus lhe deu seu poder (1; cf. Daniel 4:32; João 19:11). Resistir aos gover-nantes é desrespeitar a autoridade de Deus (2). O governo deve apoiar os que fazem bem e castigar os que fazem mal. Se fizermos o bem, não teremos motivo para temer (3-4; cf. 1 Pedro 2:13-17).
Paulo não afirmou que os governos sejam sempre bons. Ele identifica a função básica do governo e, mais ainda, a obrigação do cristão de ser submisso às autoridades. Mesmo quando escreveu esta carta, o império romano foi dominado por um dos piores líderes da história, Nero. Nessa situação, não coube aos cristãos se rebelar contra o governo. A vingança pertence a Deus!
O governo, com autorização divina, traz a espada para castigar os malfeitores. Surpreende algumas pessoas encontrar a pena de morte no contexto do amor do Novo Testamento. Lembremos:
Œ O Velho Testamento, também, ensi-nava o amor como a responsabilidade principal, e claramente incluía a pena de morte para os israelitas.
Desde o início, Deus proibia que os homens matassem um ao outro, mas deu a pena de morte, executada pelos homens, como conseqüência do homi-cídio (Gênesis 9:6). Ele ligou a pena de morte à santidade da vida humana.
Ž A voz do sangue não vingado chega a Deus (Gênesis 4:10-11; Isaías 26:21).
Mesmo no Novo Testamento, Paulo reconheceu o direito do governo de aplicar a pena de morte (Atos 25:11).
Deus deu autoridade ao governo. Deve-mos ser obedientes, pagando impostos e respeitando as autoridades (5-7).
Amor ao Próximo (8-10)
O dever primordial do cristão é o amor, um fato fundamental para entender as aplicações dos próximos capítulos. Por exemplo, o amor fraternal exige consideração de irmãos fracos (cap. 14).
Toda a lei de Deus se resume no amor. Adultério, homicídio, furto, cobiça, etc., são atos contra outros que ferem o princípio de amor.
Revestidos do Senhor (11-14)
A vida do cristão deve ser vivida no contexto da eternidade. Cada um de nós está se aproximando ao nosso encontro com Deus. Não devemos brincar com o pecado, nem praticar as obras das trevas que o mundo faz. Jesus usou apelos bem parecidos com estes quando avisou os judeus do castigo iminente em Lucas 17:26-33. Quem vive despreocupado com a eternidade certamente não estará preparado para o seu encontro com o Senhor.
Neste capítulo, Paulo aplica o amor fraternal à convivência de irmãos, quando surgem diferenças.
Acolher os fracos (1-12)
Os que se julgam fortes devem acolher os fracos, mas não para discutir opiniões (1). As questões que Paulo trata aqui envolvem a consciência de irmãos que ainda não reconhecem determinadas liberdades em Cristo. Não são divergências sobre doutrinas reveladas por Deus. Não devemos usar este texto para justificar a cumplicidade no pecado, mas devemos ceder em questões de opinião para não ferir a consciência de um irmão mais fraco na fé.
A primeira aplicação: comer carne (2-4). Deus não proibia que o cristão comesse carne (embora proíba comer carne oferecida aos ídolos – Apocalipse 2:14), mas alguns tiveram dificuldade em aceitar esta liberdade. A decisão de comer carne ou não era uma questão particular.
A segunda aplicação: fazer distinção entre dias (5-6). É bem possível que alguns cristãos judeus ainda acharam melhor descansarem no sábado, ou talvez ainda comemoraram alguns dias de festas, possivelmente como feriados nacionais. Paulo ensinou os irmãos a tolerarem tais diferenças de consciência.
Nas instruções sobre tolerância, Paulo diz que devemos: Œ Aceitar o débil (fraco), mas não para discutir opiniões (1). Devemos ensinar as doutrinas bíblicas, mas não devemos insistir em defender alguma liberdade não-essencial. Em questões onde Deus não definiu uma única maneira de agir, respeitar as decisões dos outros (3). Ž Lembrar que o nosso irmão é, primeiramente, um servo de Deus e, como tal, será julgado por Deus (4,10-12). Respeitar a nossa própria consciência e, acima de tudo, a vontade de Deus, porque pertencemos ao Senhor na vida e na morte (5-9,12).
Devemos evitar abusos desse trecho, tais como: Œ Irmãos teimosos recusarem estudar questões difíceis, alegando serem fracos na fé. Aplicar esses princípios (onde há diversas opções lícitas) para tolerar doutrinas ou práticas que vão além da permissão de Deus. Ž Não tolerar diferenças em questões de liberdade pessoal. Insistir em fazer as coisas “do nosso jeito” quando existem outras opções bíblicas. Julgar os outros com base nas nossas opiniões.
Consciência e Fé (13-23)
Aqui, Paulo leva os mesmos princípios adiante, mostrando o perigo de agir de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos, nem devemos fazer com que um deles tropece (13). Mesmo em casos de coisas lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistir em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado (14-16).
A ênfase no reino de Deus não é a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justiça e alegria no Espírito Santo (17). Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens (18). Desta maneira, promo-vemos a paz e a edificação (19). Se insistir-rmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a consciência do irmão, estaría-mos destruindo a obra de Deus (20-21). É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar.
É importantíssimo mantermos a nossa consciência limpa diante de Deus, nada fazendo na dúvida (22-23).
A primeira parte do capítulo 15 continua com as instruções dos capítulos anteriores, mostrando a aplicação prática nas relações entre irmãos. Da mesma maneira que Cristo agiu para agradar a outros e não a si mesmo, nós devemos colocar outros acima de nós, assim demonstrando o verdadeiro amor fraternal.
Edificar o Próximo (1-6)
Os fortes devem suportar os fracos (1). Devem mostrar compaixão, compreensão, paciência e tolerância para com os irmãos que não entendem algumas das liberdades que temos em Cristo.
Quando se trata de edificação, devemos agir para agradar e ajudar o nosso próximo, colocando os interesses dele acima dos nossos (2).
Jesus deu o perfeito exemplo quando colocou os interesses dos homens pecadores acima de seus próprios (3).
Depois de citar a profecia de Salmo 69:9 no versículo 3, Paulo acrescenta um comentário sobre o valor do Velho Testamento. As Escrituras servem para nos ensinar e nos dar consolação e esperança (4).
Embora Paulo tenha mostrado que a Lei do Velho Testamento não salva, e não governa o homem hoje em dia, ele ainda defende a importância do estudo desta parte das Escrituras. Nós não procuramos um padrão para a igreja no Velho Testamento, mas dele aprendemos muito sobre a importância da fé e obediência do homem, e sobre o caráter de Deus, incluindo a sua fidelidade em cumprir as suas promessas.
O exemplo de Jesus deve ser aplicado na prática em nossas vidas, para que possamos levantar uma voz para glorificá-lo (5-6; compare João 17:20-21).
Receber os Outros (7-13)
No Espírito de Cristo, quem recebeu pecadores e os fez santos, devemos receber uns aos outros (7). Jesus veio como “ministro da circuncisão” (dos judeus) para cumprir as promessas feitas aos patriarcas (8). Mas essas promessas incluíam a salvação dos gentios, também! (9-12). As citações aqui incluem passagens como Salmo 18:49; 2 Samuel 22:50; Deuteronômio 32:43; Salmo 117:1 e Isaías 11:10.
Paulo acrescenta uma oração pedindo gozo, paz e esperança para os irmãos romanos (13).
Admoestar com Amor (14-21)
Paulo expressa sua confiança na capacidade dos irmãos para admoestar uns aos outros, dizendo que eles demonstram: (a) bondade e (b) conhecimento para isso (14).
O conhecimento não é o suficiente para admoestar alguém! Precisamos de conhecimento junto com um espírito de bondade, realmente querendo o melhor para a pessoa corrigida!
Paulo explicou o motivo de falar com ousadia. Ele não queria deixar nada impedir o trabalho de Deus entre os gentios (15-16).
Paulo se gloriou em Cristo nas coisas de Deus (17-21). Foi Cristo que trabalhou, por intermédio de Paulo, entre os gentios (18). O Espírito Santo confirmou a sua mensagem pelos milagres que Paulo realizou (19). Ele levou a palavra a lugares onde o nome de Cristo, anteriormente, foi desconhecido (20-21).
Nos primeiros 11 capítulos desta carta, Paulo apresentou argumentos doutrinários, mostrando a necessidade universal do evangelho. De 12:1 - 15:21, ele deu diversos ensinamentos práticos, destacando a importância do amor entre irmãos. Ele encerra o livro com comentários sobre seus planos e algumas saudações pessoais.
Planos de Viagens (15:22-29)
A divulgação do evangelho aos gentios em lugares novos impedia a desejada visita de Paulo a Roma (22). Ele achou que a visita seria possível num tempo próximo (23). Ele queria passar por Roma e ficar algum tempo antes de ir à Espanha, mas faria essa viagem depois de voltar para Jerusalém (24-25,28-29).
Paulo ia a Jerusalém levar a coleta oferecida pelos irmãos da Macedônia e da Acaia aos “pobres dentre os santos” naquela cidade (25-28; cf. Atos 24:17; 1 Coríntios 16:1-4; 2 Coríntios 8 e 9).
Ao invés de ter conflitos entre judeus e gentios, devem reconhecer a sua interdependência. Espiritualmente, os gentios deviam muito aos judeus. Materialmente, os judeus agora teriam uma dívida aos gentios.
Pedido de Oração (15:30-33)
Paulo pediu as orações dos romanos para que pudesse: (a) ser livre dos rebeldes na Judéia, (b) fazer seu serviço aos irmãos com uma boa aceitação e, depois, (c) chegar em alegria a Roma.
Saudações Finais (16:1-16)
No capítulo 16, Paulo comenta sobre vários cooperadores no trabalho do reino, incluindo citações de oito mulheres. Entre as pessoas citadas:
Ele pediu que os irmãos apoiassem Febe, que estava indo para Roma.
Priscila e Áqüila arriscaram a vida para proteger Paulo e abriam sua casa para as reuniões de uma igreja (3-5; veja Atos 18; 1 Coríntios 16:19; 2 Timóteo 4:19).
Andrônico (homem) e Júnias (mulher), parentes de Paulo, foram convertidos antes dele (7).
Trifena, Trifosa e Pérside: três mulheres que serviam ao Senhor (12).
Paulo acrescentou saudações de todas as igrejas de Cristo (16). Encontramos aqui um nome ou uma descrição? Alguns grupos religiosos citam este versículo para estabelecer um nome próprio para a igreja (a Igreja de Cristo). É uma descrição (as pessoas que pertencem a Cristo), mas nada no Novo Testamento apóia a prática de estabelecer um nome próprio e exclusivo para a igreja.
Cuidado: Perigo (16:17-20)
Paulo adverte os irmãos sobre o perigo de influências más. Mandou que notassem e se afastassem de pessoas que provocavam divisões contra a vontade de Deus (17). Tais pessoas são egoístas e induzem outros ao erro (18).
Paulo queria proteger os romanos, servos obedientes, enquanto esperavam a justiça de Deus contra Satanás (19-20).
Mais Saudações (16:21-23)
Nestes versículos, Paulo inclui saudações pessoais de Timóteo e outros companheiros.
Oração (16:24-27)
Oração de encerramento ao Deus eterno, que agira desde a eternidade para o benefício dos homens.
Que o Soberano Deus de paz e sabedoria, vos conceda o conhecimento necessário para o vosso crescimento esperitual em nome do seu amado Jesus Cristo. Amém!